Estudantes de graduação do IFG expõem trabalhos em Mostra de arte contemporânea no MUBAN

A Exposição de arte contemporânea Borogodó artístico entra em cartaz hoje, dia 21/01, a partir das 17h30, no MUBAN. A Mostra é um coletivo que reúne as obras de de cinco jovens artistas, todos estudantes do IFG - câmpus Cidade de Goiás das graduações de Cinema e Audiovisual e Artes Visuais. As obras trazem a afetividade e empatia em suas visões sobre as paisagens e espírito da cidade por meio das linguagens da pintura e da fotografia, além disso o evento é um movimento de ressignificação do espaço marcado por uma história de sofrimento e clausura: o Museu das Bandeiras (Muban). A mostra segue em cartaz até o dia 23 de março. Fazem parte da Mostra os trabalhos de Dora Terra, Ismael Lombardi, Murilo Ribeiro, Rayane Cesário e Vitü Lima.

A professora Naira Rosana lembra que neste ano de 2025 os dois cursos: Bacharelado em Cinema e Audiovisual e a Licenciatura em Artes Visuais completam 10 anos de existência que a Mostra demonstra como essa empreitada em conjunto dos dois cursos pode render bons frutos.

O que é o Borogodó?

Além de uma gíria regional, ser do “borogodó” se torna quase um sentimento: carinho, afeto, emoção e afetividade. Um estado de elevação do ego, a exaltação do ser ao fazer parte de algo. A nomeação da exposição de Borogodó, busca trazer a dimensão mais empática, intimista e sensorial dos trabalhos, vinculados ao ambiente vilaboense e às diversas perspectivas sobre as possibilidades do corpo, do meio ambiente, do sentimental e do espírito.

Sobre os artistas

Dora Terra: Dora investiga a infância por meio de memórias e da observação da produção artística infantil. Aos 23 anos, questiona e busca compreender aspectos da arte infantil, empregando traços que remetem à garatuja como parte essencial de seu trabalho. Atualmente, é graduanda em Artes Visuais pelo IFG - Campus Cidade de Goiás e desenvolve sua arte principalmente através de pinturas e desenhos.

Ismael Lombardi – Multiartista e estudante de Cinema e Audiovisual no IFG – Campus Cidade de Goiás. Ele explora diversas linguagens, como pintura, escultura, cinema, fotografia, literatura e música. Seu trabalho gira em torno da materialização das emoções no campo físico, da vivência LGBTQIAP+ por meio de uma infância neurodivergente, dos processos de fragmentação do self originados por traumas, e de questionamentos sobre HIV, religião e família. Além disso, sua produção artística incorpora o ocultismo e a espiritualidade como uma busca transcendental e alquímica de autoconhecimento.

Murilo Ribeiro: Estudante de Artes Visuais no IFG – Campus Cidade de Goiás e se destaca como artista plástico e cineasta em sua produção. Ele vem desenvolvendo uma pesquisa que traz anjos inseridos em contextos e assuntos ligados à regionalidade, às lutas e às críticas aos padrões violentos e conservadores presentes em nossa sociedade, além de exaltar os processos interpessoais entre pessoas LGBTQIAP+. A obra também evidencia o recorte das paisagens goianas e denuncia as queimadas criminosas no cerrado, narradas a partir dos processos cíclicos pelos quais o bioma passa.

Rayane Cesário: Tem 20 anos, é artista visual e trabalha predominantemente com as linguagens de pintura e fotografia. Desenvolve sua pesquisa sobre seu corpo gordo e suas cicatrizes, explorando seus traumas de adolescente gorda. Em seus trabalhos, as cores predominam como expressão do SENTIR, refletindo o modo como se reencontra com suas dores e buscando libertação por meio de um grito insaciável, com a intenção de curar a sua própria prisão. Além disso, aborda o cotidiano da vida adulta. Atualmente, é graduanda em Artes Visuais pelo IFG - Câmpus Cidade de Goiás.

Vitü Lima: O artista fotógrafo, natural de Jataí-GO e com 22 anos, atualmente reside na Cidade de Goiás - GO, onde cursa o Bacharelado em Cinema e Audiovisual no IFG - Câmpus Cidade de Goiás. A poética de Vítor Lima se baseia na forma de captar o extraordinário humano em sua essência mais íntima, retratando e abordando de maneira delicada temas como a ansiedade, depressão e vivências neurodivergentes, todas relacionadas ao seu próprio cotidiano. Além disso, ele aborda os retratos da vida de uma pessoa LGBTQIAP+ que luta por uma vida digna, respeitosa, afetuosa e amorosa. Tudo isso é expresso por meio de fotografias de retratos, com inspiração no surrealismo, explorando o olhar íntimo de si mesmo e do outro.

Serviço:

Local: Museu das Bandeiras, localizado na praça do chafariz.

Data: 21/01, terça-feira

Horário: 17h30

A exposição ficará aberta ao público de terça à sábado, das 9h às 12h e das 13h às 18h. No domingo: 9h às 12h.

O último dia da exposição será 23 de março