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Pesquisa

Pesquisa investiga conexões entre cérebro, emoções e comportamento

Publicado: Quinta, 18 de Setembro de 2025, 19h19 | Última atualização em Quinta, 18 de Setembro de 2025, 19h19

O estudo analisa como o hipotálamo e o sistema límbico se conectam para regular emoções e comportamento, ampliando a compreensão sobre saúde e qualidade de vida

imagem sem descrição.

Quando você sente um frio na barriga antes de uma apresentação, uma descarga de adrenalina diante de um perigo ou uma súbita alegria ao ouvir uma música especial, o que acontece por trás desses processos? Muito além da “força de vontade” ou de explicações simplistas, as respostas estão em uma sofisticada rede cerebral que conecta duas áreas fundamentais: o hipotálamo e o sistema límbico.

Flavia, Mateus e a orientadora Marina Moreira, no SICT Local
Flavia, Mateus e a orientadora Marina Moreira, no SICT Local

É justamente sobre essa relação que se debruça a pesquisa desenvolvida por Mateus Barbosa dos Santos e Flávia Espíndula dos Santos, estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG), sob a orientação da professora Marina Conceição dos Santos Moreira. O projeto, intitulado Entre o inconsciente e o consciente – correlações entre hipotálamo e sistema límbico para o controle das emoções e do comportamento motivado, busca compreender como essas regiões cerebrais trabalham juntas para moldar nossas emoções e até mesmo nossas decisões.

 

Orquestra

O cérebro humano, embora represente apenas cerca de 2% do peso corporal, consome aproximadamente 20% da energia de todo o organismo. Dentro dele, o hipotálamo, uma pequena estrutura com o tamanho aproximado de uma azeitona, atua como um maestro que rege a orquestra do corpo. Ele regula desde a temperatura corporal até o sono, passando por funções vitais como fome, sede, reprodução e respostas de alerta.

Já o sistema límbico, um conjunto de estruturas em forma de “C” ao redor do tronco encefálico, é conhecido como o “coração emocional” do cérebro. Ele está intimamente ligado a sentimentos como medo, prazer, raiva e motivação. Lesões nessas áreas, por exemplo, podem comprometer a capacidade de reconhecer situações de perigo e se tornar um risco para a sobrevivência. “Se alguma das estruturas que compõem o sistema límbico sofrerem alguma lesão isso pode gerar alterações comportamentais e emocionais. Um exemplo, são as emoções de medo, raiva, mais intensas, fora do que é considerado "normal", podendo gerar algum transtorno clínico grave, dependendo da lesão”, explica Mateus.

 

Importância

No 17º SICT, em Goiânia, Mateus apresenta o trabalho
No 17º SICT, em Goiânia, Mateus apresenta o trabalho

Ao analisar diferentes estudos científicos, a dupla do Câmpus Formosa compilou evidências que mostram como o hipotálamo e o sistema límbico trabalham juntos. Essa parceria está diretamente relacionada a ritmos circadianos (ciclos de sono e vigília que regulam nossa disposição ao longo do dia); reações de alerta e defesa (aumento da frequência cardíaca, liberação de adrenalina e preparo para situações de estresse) e comportamento reprodutivo (mediado por hormônios como a ocitocina, fundamental para interações sociais e vínculos afetivos).

Além disso, os pesquisadores apontam como alterações nesses mecanismos podem estar ligadas a distúrbios como ansiedade, depressão, insônia e até doenças neurodegenerativas, a exemplo do Mal de Parkinson. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (2024), transtornos mentais já afetam cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, o que mostra a relevância de pesquisas nessa área.

 

Impacto

Localizado em uma cidade de pouco mais de 120 mil habitantes, de acordo com dados de 2022  do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Câmpus Formosa se destaca como um polo de produção científica regional. Só nos últimos cinco anos, mais de 80 projetos de iniciação científica foram desenvolvidos na unidade, envolvendo estudantes de diferentes cursos e impactando diretamente a comunidade local.

Para os jovens pesquisadores, a experiência no projeto não apenas aprofunda o conhecimento acadêmico, mas também ajuda a entender melhor a vida cotidiana: “Essa pesquisa contribui para as pessoas entenderem suas emoções e os seus comportamentos”, declarou Flavia

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“Além do conhecimento acadêmico, o estudo contribuiu para compreender as emoções dos meus alunos, assim como reformular as metodologias de ensino para aqueles que necessitam de um atendimento personalizado”, pontuou Flavia Espíndola dos Santos

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Inspiração

A pesquisa reforça a importância de aproximar a ciência da realidade das pessoas. Afinal, falar sobre emoções não é apenas tema de psicologia ou filosofia: é também uma questão biológica, fisiológica e social. O estudo desenvolvido no Câmpus Formosa mostra que entender como o cérebro funciona pode abrir portas para novas formas de tratamento, bem-estar e qualidade de vida. E mais do que isso: evidencia que o IFG é um espaço onde os estudantes não apenas aprendem, mas produzem ciência. Um convite para que outros jovens também se aventurem pelo fascinante mundo da pesquisa científica.

 

Tem Ciência no IFG!

Flavia Espíndula e Mateus dos Santos, entrevistados do terceiro episódio

Flavia Espíndula e Mateus dos Santos, entrevistados do terceiro episódio

Neste episódio, a Coordenação de Comunicação Social (CCS) e a Gerência de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão (Gepex) do Câmpus Formosa trazem os estudantes de Licenciatura em Ciências Biológicas, Mateus Barbosa dos Santos e Flavia Espíndula dos Santos, que contam como foi sua participação na pesquisa científica. A dupla ficou em terceiro lugar na categoria Ensino Superior no Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT) Local 2024. Não perca os próximos dois episódios!

 

--> Assista à entrevista sobre a pesquisa no canal IFG-Câmpus Formosa, no YouTube:

https://youtu.be/nWOMFHnA1pU 

 

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Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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